URUBU COR DE ROSA: para crianças de 8 a 80 anos!


O musical infantil O Urubu Cor-de-rosa está em cartaz no Teatro Barreto Jr, no Pina. A montagem mostra as peripécias de um urubu que não gosta de comer carniça, focando num assunto bem em voga atualmente: a sustentabilidade. É uma realização do Grupo Scenas com texto de Suzany Porto, direção geral de Guto Lustosa, direção musical e composições de Henrique Macedo. O ingresso custa R$ 15,00 inteira, com meia-entrada para crianças de até 10 anos, estudantes em geral, idosos e professores. O espetáculo segue em temporada até 08 de maio, sempre aos sábados e domingos às 16:30.

Na primeira temporada do espetáculo, realizada entre os meses de novembro e dezembro de 2010 no Teatro Apolo, a produção, que contou com incentivo do Funcultura, teve a preocupação de levar cerca de 1.200 crianças atendidas por instituições assistenciais e escolas públicas para assistir ao espetáculo. Para o produtor Jorge Costa, “foi muito gratificante levar a mensagem do Urubu Cor-de-rosa até crianças que raramente tem oportunidade de ir a uma casa de espetáculos. Por isso nosso projeto propôs estas apresentações, fornecendo inclusive a condução para estas entidades que, muitas vezes, deixam de apreciar outros eventos gratuitos justamente pela falta do transporte.” Entre as instituições que foram beneficiadas estão o Colégio das Freiras Monte Alverne e a Creche Gente Nova do Colégio Metodista, ambas do Alto da Bondade; a Creche Carmelinho, de Jardim Prazeres; as ONGs Pão da Vida e Instituto Social Medianeiras da Paz (ISMEP), de Joana Bezerra e Pina (comunidade do Bode), respectivamente. Completa a lista o Colégio Otávio de Meira Lins, do Alto N. S. de Fátima.

Texto: Suzany Porto.
Contato: suzanyporto@gmail.com

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Abertas as inscrições para a pós-graduação em Pedagogia na Empresa

Pioneiro no Estado de Pernambuco, o curso de Pós-graduação em Pedagogia na Empresa da Universo abre sua 5ª turma.

Ojetivos do Curso:

Oferecer subsídios teórico-práticos para o desenvolvimento das competências necessárias à atuação na área de gestão de pessoas com foco nos negócios da organização, desde o aprimoramento dos processos de relacionamento interpessoal nos espaços-tempos de trabalho, o conhecimento e a promoção da cultura organizacional junto aos seus colaboradores, à viabilização de programas de formação e aperfeiçoamento permanente.

Para quem tem interesse em saber mais sobre a área de atuação do Pedagogo na Empresa e conhecer a estrutura curricular do curso acesse:

www.pedagogianaempresaemrecife.blogspot.com

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Prefeitura do Jaboatão é contemplada com Selo Pró-equidade de Gênero


Prefeitura do Jaboatão dos Guararapes foi contemplada com o direito de utilização, durante o ano de 2011, do Selo Pró-Equidade de Gênero. A honraria é concedida a entidades públicas e privadas, que se inscreveram no programa do Governo Federal coordenado pela Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres e cumpriram todas as exigências de participação.O programa Pró-Equidade de Gênero é uma das ações do II Plano Nacional de Políticas Públicas para as Mulheres e tem como objetivo a promoção da igualdade de oportunidades entre homens e mulheres, no âmbito das organizações públicas e privadas, baseada no desenvolvimento de novas concepções na gestão de pessoas e na cultura organizacional. É um passo em busca da equidade de gênero no mundo do trabalho e a eliminação de todas as formas de discriminação no acesso, remuneração, ascensão e permanência no emprego. “O atendimento ao chamado do Governo Federal para participar do processo de adesão do programa, já no primeiro ano de governo desta gestão, reflete a disposição política da Prefeitura de investir em ações que dêem atenção a esse recorte de gênero”, afirmou a secretária Especial da Mulher do Município, Ana Selma dos Santos. “É uma política recente no cenário nacional, que garante um fortalecimento institucional e influencia na criação de um ambiente preocupado e empenhado na obtenção da equidade de gênero”, completa a gestora. Para a concessão do selo, são avaliadas ações planejadas e executadas nas estruturas organizacionais e de governança relacionadas ao tema, observando aspectos como sua divulgação interna e externa, seu cumprimento, sua relevância e impacto nas atitudes e mudanças do corpo funcional, gerencial e na organização. A Prefeitura recebeu o selo após uma avaliação que afirmou o “cumprimento muito satisfatório” das etapas e ações pactuadas executadas pelo Comitê Pró-equidade (CIGER). A cerimônia de entrega do certificado aconteceu no dia 8 de dezembro em Brasília. Em todo o país, 88 organizações se inscreveram e 58 foram consideradas aptas. No estado de Pernambuco, apenas duas entidades serão agraciadas: o governo jaboatanense e a Chesf.
Por Monaliza Brito

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JAPÃO: UMA LIÇÃO PARA O OCIDENTE


Por monja Cohen

Quando voltei ao Brasil, depois de residir doze anos no Japão, me incumbi da difícil missão de transmitir o que mais me impressionou do povo Japonês: kokoro.
Kokoro ou Shin significa coração-mente-essência.
Como educar pessoas a ter sensibilidade suficiente para sair de si mesmas, de suas necessidades pessoais e se colocar à serviço e disposição do grupo, das outras pessoas, da natureza ilimitada?
Outra palavra é gaman: aguentar, suportar. Educação para ser capaz de suportar dificuldades e superá-las.
Assim, os eventos de 11 de março, no Nordeste japonês, surpreenderam o mundo de duas maneiras.
A primeira pela violência do tsunami e dos vários terremotos, bem como dos perigos de radiação das usinas nucleares de Fukushima.
A segunda pela disciplina, ordem, dignidade, paciência, honra e respeito de todas as vítimas.
Filas de pessoas passando baldes cheios e vazios, de uma piscina para os banheiros.
Nos abrigos, a surpresa das repórteres norte americanas: ninguém queria tirar vantagem sobre ninguém. Compartilhavam cobertas, alimentos, dores, saudades, preocupações, massagens. Cada qual se mantinha em sua área. As crianças não faziam algazarra, não corriam e gritavam, mas se mantinham no espaço que a família havia reservado.
Não furaram as filas para assistência médica – quantas pessoas necessitando de remédios perdidos-
mas esperaram sua vez também para receber água, usar o telefone, receber atenção médica, alimentos, roupas e escalda pés singelos, com pouquíssima água.
Compartilharam também do resfriado, da falta de água para higiene pessoal e coletiva, da fome, da tristeza, da dor, das perdas de verduras, leite, da morte.
Nos supermercados lotados e esvaziados de alimentos, não houve saques. Houve a resignação da tragédia e o agradecimento pelo pouco que recebiam. Ensinamento de Buda, hoje enraizado na cultura e chamado de kansha no kokoro: coração de gratidão.
Sumimasen é outra palavra chave. Desculpe, sinto muito, com licença. Por vezes me parecia que as pessoas pediam desculpas por viver. Desculpe causar preocupação, desculpe incomodar, desculpe precisar falar com você, ou tocar à sua porta. Desculpe pela minha dor, pelo minhas lágrimas, pela minha passagem, pela preocupação que estamos causando ao mundo. Sumimasem.
Quando temos humildade e respeito pensamos nos outros, nos seus sentimentos, necessidades. Quando cuidamos da vida como um todo, somos cuidadas e respeitadas.
O inverso não é verdadeiro: se pensar primeiro em mim e só cuidar de mim, perderei. Cada um de nós, cada uma de nós é o todo manifesto.
Acompanhando as transmissões na TV e na Internet pude pressentir a atenção e cuidado com quem estaria assistindo: mostrar a realidade, sem ofender, sem estarrecer, sem causar pânico. As vítimas encontradas, vivas ou mortas eram gentilmente cobertas pelos grupos de resgate e delicadamente transportadas – quer para as tendas do exército, que serviam de hospital, quer para as ambulâncias, helicópteros, barcos, que os levariam a hospitais.
Análise da situação por especialistas, informações incessantes a toda população pelos oficiais do governo e a noção bem estabelecida de que “somos um só povo e um só país”.
Telefonei várias vezes aos templos por onde passei e recebi telefonemas. Diziam-me do exagero das notícias internacionais, da confiança nas soluções que seriam encontradas e todos me pediram que não cancelasse nossa viagem em Julho próximo.
Aprendemos com essa tragédia o que Buda ensinou há dois mil e quinhentos anos: a vida é transitória, nada é seguro neste mundo, tudo pode ser destruído em um instante e reconstruído novamente.
Reafirmando a Lei da Causalidade podemos perceber como tudo está interligado e que nós humanos não somos e jamais seremos capazes de salvar a Terra. O planeta tem seu próprio movimento e vida. Estamos na superfície, na casquinha mais fina. Os movimentos das placas tectônicas não tem a ver com sentimentos humanos, com divindades, vinganças ou castigos. O que podemos fazer é cuidar da pequena camada produtiva, da água, do solo e do ar que respiramos. E isso já é uma tarefa e tanto.
Aprendemos com o povo japonês que a solidariedade leva à ordem, que a paciência leva à tranquilidade e que o sofrimento compartilhado leva à reconstrução.
Esse exemplo de solidariedade, de bravura, dignidade, de humildade, de respeito aos vivos e aos mortos ficará impresso em todos que acompanharam os eventos que se seguiram a 11 de março.
Minhas preces, meus respeitos, minha ternura e minha imensa tristeza em testemunhar tanto sofrimento e tanta dor de um povo que aprendi a amar e respeitar.
Havia pessoas suas conhecidas na tragédia?, me perguntaram.
E só posso dizer: todas. Todas eram e são pessoas de meu conhecimento. Com elas aprendi a orar, a ter fé, paciência, persistência. Aprendi a respeitar meus ancestrais e a linhagem de Budas.
Mãos em prece (gassho)
Monja Coen

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